A pesquisa traz uma análise de 50 jornais brasileiros, entre julho/2005 a junho/2007. Nesse período, a equipe de pesquisadores avaliou quase mil matérias, entrevistas, artigos e editoriais sobre a abordagem que essas mídias deram ao aquecimento global, efeito estufa, e temas afins. Uma das conclusões mais interessantes: a abordagem do tema Mudanças Climáticas, na maioria das vezes, é alarmista, salientando as conseqüências negativas do aumento das temperaturas na Terra, por exemplo, deixando de lado a oportunidade de debater as causas e as soluções desse fenômeno.
É preciso avançar, alerta o documento, e relacionar o tema Mudanças Climáticas a questões como o desenvolvimento e as políticas públicas que deveriam interferir na busca de soluções para a questão. Catastrofismo vende jornal? É o pensamento comum, mas a imprensa precisa ir além disso e contextualizar melhor a questão. Afinal, educadores e estudantes se alimentam de jornais, revistas e programas na TV para se informar sobre o tema.
Uma forma bacana de trabalhar Mudanças Climáticas na sala de aula é avançar na leitura de jornais, revistas e sites, e propôr aos alunos uma análise em pequena escala, durante um determinado período, do que saiu sobre o tema na imprensa. E posteriormente organizar os alunos, por exemplo, para escreverem um boletim ou um folheto sobre a questão, a fim de orientar a comunidade sobre a importância de se conhecer e discutir sobre as MCs. Além de desenvolver a atenção e as habilidades de leitura e escrita, o tema vai se aproximar da realidade dos estudantes.
O coordenador da pesquisa da Andi, Guilherme Canela, defende que as discussões sobre meio ambiente e cidadania só tem a ganhar quando os estudantes questionam as informações da imprensa e se aprofundam na busca de novos contextos para entender temas como as Mudanças Climáticas, o que elas representam no dia-a-dia e o que pode ser feito para diminuir seus impactos negativos. No entanto, ele alerta: vale a pena o professor entender um pouco mais como trabalhar a chamada “educomunicação”, que nada mais é do que educar através da comunicação.
Uma das formas de trabalhar a educomunicação é estudar sobre a chamada leitura crítica dos meios, e um dos pesquisadores do Núcleo de Educação e Comunicação da Universidade de São Paulo (NCE-USP) tem um texto sobre o assunto, chamado Recepção Cidadã: uma Proposta Metodológica de Leitura Crítica dos Meios.
Avancem, professores! Leitura crítica não precisa – e nem deve ser feita apenas por professores de português... ensinar aos alunos uma forma minuciosa de ler um jornal vai ensiná-los a saber o que há por trás dos números, fazê-los prestar atenção nos temas abordados... e ir além do livro didático.
Comentários
Vcs já pensaram na hipótese de realmente reduzirmos drasticamente a emissão de CO2, a quase zero?
Vcs já pensaram nas consequências?
Reflitam e aproveitem e visitem:
http://www.webcentral.com.br/pirapora/home.html, onde está o resultado da verdadeira causa das mudanças climáticas: esgoto não tratado, poluição aquática.
um abraço a todos.
Seu blog está ótimo, vou divulgar entre meus alunos e amigos.
Um abraço
Rosangela Doin