Quando vejo educadores desesperados por idéias para trabalhar a questão da aula na sala de aula, fico feliz mas, ao mesmo tempo, irritada com a visão quadradinha que é ficar "dando lição de moral" na garotada. É "feche a torneira" pra cá, "economize", pra lá... arre! Às vezes me parece que estão falando de dinheiro, e não de água.
Parece até que a água só sai da torneira, não vem do rio...
É por isso que convido, a quem estiver em Sampa, a prestar atenção com outros olhos na exposição Quase Líquido, com 20 garrafas PET de tamanho gigante, bem coloridas, espalhadas em um trecho de 1,5 km do rio Tietê.
Artista que gosta de interferir na paisagem urbana da capital paulista, Eduardo Srur chama sua arte de "porrada visual". Sua mensagem é clara: ele quer provocar as pessoas de forma lúdica, para que enxerguem o rio Tietê sujo, poluído, feio, de outra forma. Assim, as águas podem sair do utilitário e passar para o poético... e quem sabe é possível despertar o respeito, de verdade, pelo rio e suas águas na paisagem paulistana.
Para quem mora em São Paulo, vale a pena visitar a obra ao vivo, entre as pontes do Limão e da Casa Verde, na Marginal Tietê. Dá até para fazer um passeio de barco para esse trecho do rio, se você der sorte de conseguir vaga, aos domingos (informe-se pelo telefone 11.5094-4480 e no site do projeto Navega São Paulo).
E no Centro Cultural Itaú (av. Paulista, 149, perto do metrô Brigadeiro), confira o video com o making-of da exposição. Entre outros, você vai ficar sabendo que os 20 pets foram feitos de uma estrutura recoberta com plástico resistente, que vão virar duas mochilas no final da mostra.
Vá logo! A exposição no rio Tietê termina no final de maio.
Encontrei esta semana uma das formas verdadeiramente sutis e poéticas de ensinar conteúdos em sala de aula, associando o aprendizado de história à reflexão sobre o meio ambiente. Apaixonada por MPB, a professora Marli Oliveira de Carvalho utiliza músicas em suas aulas de histórias junto a alunos de quinta a oitava séries da Escola Municipal Tenente José Maria Pinto Duarte, na zona Oeste de São Paulo. Primeiro, a professora trabalha o conteúdo de cada ano junto dos livros. Depois é que entram as músicas, que ela seleciona de acordo com o tema que deseja chamar a atenção. Não há necessidade de ser extremamente objetivo; a idéia é que as crianças associem algo da música ao que aprenderam anteriormente nos livros. O importante é que a canção dê um significado extra ao aprendizado. E de quebra, as crianças ainda têm acesso a nossa riqueza cultural presente na MPB. Marli pensa muitos anos-luz a frente e não se contenta em apenas fazer associações entre o aprendizado básico de história. Quer ...
Comentários
Ontem mesmo indo à Guarulhos minha filha me chamou atenção para o tamanho das garrafas pet! E eu disse que isso era Educação Ambiental.
Admiro o autor da exposição e acho que ele consegue fazer Educação por meio da Arte.
http://www.midias41.blogspot.com/ e http://www.midias8.blogspot.com/ (este último começou agora)
Beijuuuussss, Salete
Parabéns pelo saite.
Te convido a visitar minha página, que tem assuntos correlatos, insclusive sobre a questão da educação ambiental e o lixo:
http://diariodoprofessor.com
http://hebdomadario.com
Abraços.
Sou metalúrgico e estudo a educação, e vejo em minha cidade o compromentimento das educadoraras sainda das 4 paredes de aula.