Anúncio de um site de cursos on line promete ao internauta que ele vire um jornalista em 40 horas.
No conteúdo, nada de ética, compromisso com leitores ou com as causas sociais que o comunicador poderia nortear seu trabalho. Apenas coisas do gênero "ganhando dinheiro no ramo de Jornalismo On-Line" e "ferramentas úteis da tecnologia".
Apesar do decreto-lei que derruba a obrigatoriedade do diploma de jornalista já ter mais de seis meses, até hoje me perguntam o que eu, como jornalista, acho disso para a profissão. A última foi semana passada, no Aeroporto de Salvador. O que eu respondo?
Acho ruim quando consideram qualquer pessoa que faz um curso on line de 40 horas, ou que escreve um blog, apta a ser um jornalista profissional. Assim como também não considero jornalista aquele que está no primeiro ou no segundo ano da faculdade e já se acha melhor do que muitos professores. Jornalismo não se aprende de um dia pra noite, não basta apenas pensar que "escrevo bem e pronto", é um exercício diário de reflexão e cuidado.
Demora ser um bom jornalista, assim como demora ser um bom médico ou professor. Não é (só) o diploma que vai fazê-lo melhor, mas a vivência, o dia-a-dia. Mas também não acredito que vivência é suficiente, se o objetivo da mídia em questão, seja blog ou seja jornal, for ganhar dinheiro com anúncios.
Relembrando o relator Gilmar Mendes (relembre a notícia sobre o decreto-lei clicando aqui), não basta ter diploma para evitar notícias mentirosas... é por isso que, na contramão de muitos colegas, não estou preocupada com essa coisa de diploma. Acredito no poder de comunicação das pessoas - por isso tornei-me educomunicadora - e espero sempre ir na contramão do mercado - não pensando que supostamente o jornalismo pode dar dinheiro, como promete o site, mas lembrando que ele pode, e deve, ajudar a sociedade a mudar um pouquinho.
No conteúdo, nada de ética, compromisso com leitores ou com as causas sociais que o comunicador poderia nortear seu trabalho. Apenas coisas do gênero "ganhando dinheiro no ramo de Jornalismo On-Line" e "ferramentas úteis da tecnologia".
Apesar do decreto-lei que derruba a obrigatoriedade do diploma de jornalista já ter mais de seis meses, até hoje me perguntam o que eu, como jornalista, acho disso para a profissão. A última foi semana passada, no Aeroporto de Salvador. O que eu respondo?
Acho ruim quando consideram qualquer pessoa que faz um curso on line de 40 horas, ou que escreve um blog, apta a ser um jornalista profissional. Assim como também não considero jornalista aquele que está no primeiro ou no segundo ano da faculdade e já se acha melhor do que muitos professores. Jornalismo não se aprende de um dia pra noite, não basta apenas pensar que "escrevo bem e pronto", é um exercício diário de reflexão e cuidado.
Demora ser um bom jornalista, assim como demora ser um bom médico ou professor. Não é (só) o diploma que vai fazê-lo melhor, mas a vivência, o dia-a-dia. Mas também não acredito que vivência é suficiente, se o objetivo da mídia em questão, seja blog ou seja jornal, for ganhar dinheiro com anúncios.
Relembrando o relator Gilmar Mendes (relembre a notícia sobre o decreto-lei clicando aqui), não basta ter diploma para evitar notícias mentirosas... é por isso que, na contramão de muitos colegas, não estou preocupada com essa coisa de diploma. Acredito no poder de comunicação das pessoas - por isso tornei-me educomunicadora - e espero sempre ir na contramão do mercado - não pensando que supostamente o jornalismo pode dar dinheiro, como promete o site, mas lembrando que ele pode, e deve, ajudar a sociedade a mudar um pouquinho.
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Mariana M. Thomé
www.evolucaosustentavel.blogspot.com