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Jovens e pobres

A notícia abaixo saiu na Época de 10/10/2009 e me preocupa. Como é que "pilhamos" essa moçada para fazer trabalho voluntário, escrever e fotografar pra jornal, rádio ou TV, mobilizar outros jovens, se esses problemas batem a sua porta? A solução é criar projetos que gerem renda? E depois que os projetos acabam? Não é de pouca gente que falamos: são 30% da população com menos de 17 anos.

Quase metade dos jovens
brasileiros vive na pobreza
Estudo do IBGE mostra que o combate à pobreza no Brasil teve resultados, mas que a situação de grande parte da população, em especial os jovens, ainda é precária

Segundo o IBGE, quase metade dos jovens vivem com renda familiar per capita menor que meio salário mínimoA pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), detalhou alguns progressos feitos pelo Brasil nos últimos anos em relação à pobreza e à miséria, mas mostrou que ainda há um longo caminho a percorrer para resolver este problema.


De acordo com os dados do levantamento, quase metade (44,7%) dos jovens brasileiros com menos de 17 anos – que representam 30% da população – vivia em 2008 em famílias com renda per capita menor que meio salário mínimo, a faixa que, segundo os critérios da pesquisa, define a pobreza. A situação mais precária é da região Nordeste, onde 66,7% dos jovens viviam com esta renda.

A outra região onde mais da metade dos menores de 17 anos é pobre é a Norte, com 53,7%. No Centro-Oeste são 35%, no Sudeste, 31,5% e, no Sul, 28,7%. Um dado positivo revelado pelo IBGE é a diminuição do número de jovens que vivem na extrema pobreza, classe delimitada por ganho familiar per capita inferior a um quarto de salário mínimo. Esta porcentagem estava, em 2008, em 18,5% dos jovens, mas em 1998 chegou a ser de 27,3%.

Novamente, a pior situação é do Nordeste, onde 34,4% dos jovens vivem na miséria. Alagoas lidera este ranking, com 43,1% dos menores de 17 anos na pobreza extrema. A região Sul (7,9%) e o Estado de Santa Catarina (4,5%) estão na outra ponta da lista.

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