Não costumo confiar demais em pesquisas, mas o site Envolverde publicou uma que me deixou preocupada... será que os jovens estão indo tão devagar? Cadê a força de mobilização da galera? Será que ainda não entenderam que meio ambiente é inter-relacionado com tudo em nossas vidas? Ou nós, educadores ambientais, não estamos conseguindo trabalhar essa conexão? E nós, comunicadores?
"Apenas 17% dos jovens brasileiros identificam-se como comprometidos com a sustentabilidade do planeta. Isso quer dizer que eles se acham conscientes, ajudam a conscientizar, tomam alguma atitude e valorizam as causas ambientais. O dado é do Dossiê Universo Jovem 4. Produzido pela MTV Brasil desde 1999, a pesquisa busca conhecer os valores, as atitudes e o comportamento do jovem brasileiro. A edição deste ano teve como tema principal a sustentabilidade.
Como a geração vai usufruir por mais tempo dos recursos naturais, como percebe o próprio planeta e até onde vai seu interesse pelo assunto foram algumas das questões abordadas pela pesquisa e que resultaram em um documentário com o mesmo nome da pesquisa Para chegar aos resultados, o estudo escutou, entre abril e maio de 2008, quase 3 mil jovens de 12 a 30 anos das classes A, B e C de nove cidades (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Recife). O universo pesquisado representa 8 milhões de jovens nas nove cidades pesquisadas, 49 milhões de jovens no Brasil e 92% do Índice de Potencial de Consumo, considerando as classes pesquisadas.
SUSTENTABILIDADE - Além dos 17% comprometidos, a pesquisa identificou outros quatro perfis em relação ao engajamento no tema sustenbilidade. Os eco-alienados (16%) são aqueles com menos conhecimento ecológico, os intuitivos (21%) gostariam de ter mais informações, os refratários (20%) não se importam com o tema, e, por fim, os teóricos (26%) têm consciência da relevância do tema, mas não tomam nenhuma atitude. Quando pensam no futuro, dois assuntos relacionados ao meio ambiente se destacam: o aquecimento global (34%) e a falta de água (24%).
Com relação à sustentabilidade, o jovem brasileiro está mais atento à questão da poluição do ar (28%), utilizando como principais fontes de informação sobre o meio ambiente a televisão (71%), jornal (33%), Internet (29%) e escolas e faculdades (28%). Contudo, os jovens acreditam que a mídia poderia ter um maior papel mobilizador, trazendo mais conteúdo sobre o meio ambiente (53%) e incentivando o jovem na preservação (73%).
O professor e filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mário Sérgio Cortella, presente na apresentação do vídeo, comentou os resultados da discussão e ressaltou a importância que o assunto tem atualmente. "O vídeo não é para dar lição de moral e sim para chamar atenção para a questão, mas sem ser apocalíptico", ressaltou Cortella. "É um convite a transbordar, ir além da conformidade", completou o filósofo.
OUTROS RESULTADOS - De acordo com a pesquisa, 77% dos jovens são solteiros e 97% moram com os pais. 73% afirmam ter boa relação com a família, e apesar da maioria morar com os pais, 24% chefiam a renda familiar e 25% já têm filhos. 70% dos jovens têm algum tipo de renda mensal: 14% deles recebem mesada e 56% têm renda do trabalho. A cada 10 jovens, 3 buscam o sucesso financeiro a qualquer custo. 61% dos entrevistados acima de 15 anos já experimentaram algum tipo de droga, sendo as mais comuns: álcool, cigarro e maconha.
Quando questionados sobre os temas que causam maior preocupação, sete grandes assuntos assustam os jovens brasileiros. São eles: violência (43%); desemprego (39%); drogas (32%); fome (26%); aquecimento global (24%); desigualdade social (23%) e poluição (20%). Os jovens também apontam como os principais problemas enfrentados pelo Brasil: corrupção (37%); violência (32%); desemprego (24%); desigualdade social (24%); fome (23%) e drogas (21%). Apesar da consolidação da Internet, que teve um salto no índice de acesso pelos jovens de 66% para 86% entre 2005 e 2008, a TV aberta e o rádio continuam sendo os meios de comunicação com maior penetração, somando 98%.
Na TV, os jovens costumam assistir, principalmente, filmes (79%); jornalismo (64%); novelas, (59%); clips e programas musicais (46%); programas humorísticos (45%); esportes e seriados (45%).
"Apenas 17% dos jovens brasileiros identificam-se como comprometidos com a sustentabilidade do planeta. Isso quer dizer que eles se acham conscientes, ajudam a conscientizar, tomam alguma atitude e valorizam as causas ambientais. O dado é do Dossiê Universo Jovem 4. Produzido pela MTV Brasil desde 1999, a pesquisa busca conhecer os valores, as atitudes e o comportamento do jovem brasileiro. A edição deste ano teve como tema principal a sustentabilidade.
Como a geração vai usufruir por mais tempo dos recursos naturais, como percebe o próprio planeta e até onde vai seu interesse pelo assunto foram algumas das questões abordadas pela pesquisa e que resultaram em um documentário com o mesmo nome da pesquisa Para chegar aos resultados, o estudo escutou, entre abril e maio de 2008, quase 3 mil jovens de 12 a 30 anos das classes A, B e C de nove cidades (Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Salvador, São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Recife). O universo pesquisado representa 8 milhões de jovens nas nove cidades pesquisadas, 49 milhões de jovens no Brasil e 92% do Índice de Potencial de Consumo, considerando as classes pesquisadas.
SUSTENTABILIDADE - Além dos 17% comprometidos, a pesquisa identificou outros quatro perfis em relação ao engajamento no tema sustenbilidade. Os eco-alienados (16%) são aqueles com menos conhecimento ecológico, os intuitivos (21%) gostariam de ter mais informações, os refratários (20%) não se importam com o tema, e, por fim, os teóricos (26%) têm consciência da relevância do tema, mas não tomam nenhuma atitude. Quando pensam no futuro, dois assuntos relacionados ao meio ambiente se destacam: o aquecimento global (34%) e a falta de água (24%).
Com relação à sustentabilidade, o jovem brasileiro está mais atento à questão da poluição do ar (28%), utilizando como principais fontes de informação sobre o meio ambiente a televisão (71%), jornal (33%), Internet (29%) e escolas e faculdades (28%). Contudo, os jovens acreditam que a mídia poderia ter um maior papel mobilizador, trazendo mais conteúdo sobre o meio ambiente (53%) e incentivando o jovem na preservação (73%).
O professor e filósofo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Mário Sérgio Cortella, presente na apresentação do vídeo, comentou os resultados da discussão e ressaltou a importância que o assunto tem atualmente. "O vídeo não é para dar lição de moral e sim para chamar atenção para a questão, mas sem ser apocalíptico", ressaltou Cortella. "É um convite a transbordar, ir além da conformidade", completou o filósofo.
OUTROS RESULTADOS - De acordo com a pesquisa, 77% dos jovens são solteiros e 97% moram com os pais. 73% afirmam ter boa relação com a família, e apesar da maioria morar com os pais, 24% chefiam a renda familiar e 25% já têm filhos. 70% dos jovens têm algum tipo de renda mensal: 14% deles recebem mesada e 56% têm renda do trabalho. A cada 10 jovens, 3 buscam o sucesso financeiro a qualquer custo. 61% dos entrevistados acima de 15 anos já experimentaram algum tipo de droga, sendo as mais comuns: álcool, cigarro e maconha.
Quando questionados sobre os temas que causam maior preocupação, sete grandes assuntos assustam os jovens brasileiros. São eles: violência (43%); desemprego (39%); drogas (32%); fome (26%); aquecimento global (24%); desigualdade social (23%) e poluição (20%). Os jovens também apontam como os principais problemas enfrentados pelo Brasil: corrupção (37%); violência (32%); desemprego (24%); desigualdade social (24%); fome (23%) e drogas (21%). Apesar da consolidação da Internet, que teve um salto no índice de acesso pelos jovens de 66% para 86% entre 2005 e 2008, a TV aberta e o rádio continuam sendo os meios de comunicação com maior penetração, somando 98%.
Na TV, os jovens costumam assistir, principalmente, filmes (79%); jornalismo (64%); novelas, (59%); clips e programas musicais (46%); programas humorísticos (45%); esportes e seriados (45%).
Comentários
Fazia tempo que não visitava aqui! Gostei muito da reportagem, vivencio essa realidade aqui no interior da Bahia, não somente os jovens mais os adultos tb não se interessam pela luta ecológica!
Abraços
Conexão Ambiental
Rádio Difusora-Goiânia-GO