Maurício é biólogo, educador ambiental e ativista. Participa da ong Amigos das Veredas, em Brasília (DF) e professor da Escola Família Agrícola de Padre Bernardo (G). É membro do Coletivo Educador da Bacia do Descoberto, que ainda está em processo de formação (leia mais sobre coletivos educadores no blog).
Memorial de vida
Vim de uma família do interior de São Paulo, Bauru. Neto de agricultores, meu avô por parte de mãe trabalhava com criação de bicho da seda. E daí surgem minhas primeiras lembranças. Onde meu avô e tio trabalhavam no rancho e eu ficava debaixo das amoreiras brincando com algumas formigas cortadeiras e alguns bichos da seda que apanhava. O tempo ali passava diferente, podia ouvir as mamangavas passando, os pássaros cantando e algumas vacas mugindo bem mais ao longe.
Então meus pais vieram para Brasília tentar vida melhor. Nesta época a cidade dava oportunidade para quem quisesse aqui trabalhar. Moramos em várias cidades satélites do DF. Mas o grande momento para mim era quando chegavam às férias e podia retornar ao sítio dos meus avós. Cachorros, galinhas, pássaros, cavalos se tornavam meus grandes companheiros. Meu avô foi meu grande tutor eu o acompanhava para os lugares onde ele ia. Subíamos nas árvores para esperar os animais passarem, me contava sobre lobisomens e as lendas da região.
A adolescência chegou e passei pelas as transformações - internas e externas que todos jovens passam. Foi difícil mas sobrevivi. Veio a época do vestibular. Cobranças, mercado de trabalho, estudo era o que eu mais ouvia. Havia feito a inscrição para dois cursos nos vestibulares: Ciência da computação e ciências biológicas. No último dia de prova para a computação mesmo sabendo que era um mercado de trabalho bastante promissor não compareci. Dentro de mim sabia que não era o que queria.
Resultado: passei para Ciências Biológicas em Bauru. Fui morar numa república com mais 8 pessoas e nosso cocker preto “Ozzy”. Durante a faculdade pude me aprofundar mais naquilo que gostava. Fiz estágio no zoológico, no horto florestal ambos envolvendo educação ambiental. Um momento mágico quando fui estudar comportamento de lobo-guará numa reserva da região.
Retornei para Brasília, a pressão agora era arrumar um emprego para me manter. Passei no concurso da Secretaria de Educação do DF. No primeiro ano tive de lecionar para 21 turmas de ensino médio as disciplinas de Educação Ambiental e Ensino Religioso. Sobrevivi.
Agora faz oito anos que sou professor, atualmente com EJA noturno (20 hs). Fiz alguns cursos, participei de eventos sobre EA e tenho uma especialização de Engenharia de Controle da Poluição Ambiental pela USP/CREA-DF.
Atuei junto a UnB pelo decanato de extensão oferecendo curso para formação de educadores ambientais e sobre agroecologia no contexto escolar, pois, tive a oportunidade de fazer um curso com Ernest Gosth sobre SAF, para mim uma grande referência na área.
Atualmente sou membro da ONG sócio-ambiental Amigos das Veredas. E membro da AMEFA (Associação Mantedora da Escola Família Agrícola de Padre Bernardo/ GO) na qual também sou professor da escola utilizando como ferramenta a Pedagogia da Alternância; atuo também nos "Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis da Bacia do Descoberto/DF” - faço parte da coordenação local, sendo que ainda não se iniciaram as ações do programa. E ainda atuo no Informativo Aroeira de Brazlândia, que é uma cidade-satélite de Brasília. Esamos na luta fazendo parte do MEB (Movimento em Defesa de Brazlândia).
É com grande alegria estar participando deste coletivo pela vida.
Memorial de vida
Vim de uma família do interior de São Paulo, Bauru. Neto de agricultores, meu avô por parte de mãe trabalhava com criação de bicho da seda. E daí surgem minhas primeiras lembranças. Onde meu avô e tio trabalhavam no rancho e eu ficava debaixo das amoreiras brincando com algumas formigas cortadeiras e alguns bichos da seda que apanhava. O tempo ali passava diferente, podia ouvir as mamangavas passando, os pássaros cantando e algumas vacas mugindo bem mais ao longe.
Então meus pais vieram para Brasília tentar vida melhor. Nesta época a cidade dava oportunidade para quem quisesse aqui trabalhar. Moramos em várias cidades satélites do DF. Mas o grande momento para mim era quando chegavam às férias e podia retornar ao sítio dos meus avós. Cachorros, galinhas, pássaros, cavalos se tornavam meus grandes companheiros. Meu avô foi meu grande tutor eu o acompanhava para os lugares onde ele ia. Subíamos nas árvores para esperar os animais passarem, me contava sobre lobisomens e as lendas da região.
A adolescência chegou e passei pelas as transformações - internas e externas que todos jovens passam. Foi difícil mas sobrevivi. Veio a época do vestibular. Cobranças, mercado de trabalho, estudo era o que eu mais ouvia. Havia feito a inscrição para dois cursos nos vestibulares: Ciência da computação e ciências biológicas. No último dia de prova para a computação mesmo sabendo que era um mercado de trabalho bastante promissor não compareci. Dentro de mim sabia que não era o que queria.
Resultado: passei para Ciências Biológicas em Bauru. Fui morar numa república com mais 8 pessoas e nosso cocker preto “Ozzy”. Durante a faculdade pude me aprofundar mais naquilo que gostava. Fiz estágio no zoológico, no horto florestal ambos envolvendo educação ambiental. Um momento mágico quando fui estudar comportamento de lobo-guará numa reserva da região.
Retornei para Brasília, a pressão agora era arrumar um emprego para me manter. Passei no concurso da Secretaria de Educação do DF. No primeiro ano tive de lecionar para 21 turmas de ensino médio as disciplinas de Educação Ambiental e Ensino Religioso. Sobrevivi.
Agora faz oito anos que sou professor, atualmente com EJA noturno (20 hs). Fiz alguns cursos, participei de eventos sobre EA e tenho uma especialização de Engenharia de Controle da Poluição Ambiental pela USP/CREA-DF.
Atuei junto a UnB pelo decanato de extensão oferecendo curso para formação de educadores ambientais e sobre agroecologia no contexto escolar, pois, tive a oportunidade de fazer um curso com Ernest Gosth sobre SAF, para mim uma grande referência na área.
Atualmente sou membro da ONG sócio-ambiental Amigos das Veredas. E membro da AMEFA (Associação Mantedora da Escola Família Agrícola de Padre Bernardo/ GO) na qual também sou professor da escola utilizando como ferramenta a Pedagogia da Alternância; atuo também nos "Coletivos Educadores para Territórios Sustentáveis da Bacia do Descoberto/DF” - faço parte da coordenação local, sendo que ainda não se iniciaram as ações do programa. E ainda atuo no Informativo Aroeira de Brazlândia, que é uma cidade-satélite de Brasília. Esamos na luta fazendo parte do MEB (Movimento em Defesa de Brazlândia).
É com grande alegria estar participando deste coletivo pela vida.
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