Num dos maiores eventos de tecnologia que está acontecendo em São Paulo, o Campus Party, muita gente discute termos como "software livre", "moodle" e outras coisas que provavelmente você não faz a menor idéia do que sejam. Mas uma garotada chama a atenção, por não estarem ligados nas centenas de computadores conectados a internet de alta velocidade...
São cerca de 100 alunos de escolas públicas de São Paulo, com idade entre 10 e 14 anos, que participam do programa Nas Ondas do Rádio, um projeto da Prefeitura Municipal de São Paulo onde as crianças aprendem a utilizar o rádio (ou seja, um meio de comunicação) para dinamizar o que eles aprendem na sala de aula. Vieram para exercer uma das tarefas mais difíceis de um jornalista: fazer a cobertura do evento tão grande como esse, com milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Difícil, mas uma delícia na opinião da garotada. Mesmo com imprevistos, como um gravador emperrado na hora de uma entrevista com um repórter da TV Cultura. "Adorei ver os robôs, e entrevistei um grupo de pessoas que ganharam um campeonato de robótica", diz Letícia Alves Costa, 10 anos, aluna do quinto ano da EMEF José Lins do Rego, em São Mateus (Zona Leste de São Paulo). Como a feira é repleta de games e computadores modernos, as crianças aproveitaram também para se aproximar desse universo tecnológico - que nem sempre eles têm acesso. Parte dessa galerinha aparece aí na foto, junto com a diretora da escola.
Porque é bacana pra eles cobrir um evento, do ponto de vista educacional? Só sair dos limites da escola e viver a vida lá fora já é um grande motivo... mas vamos listar outros: "eles estão aprendendo a se relacionar, conhecendo gente de todos os tipos e perdendo a vergonha", diz a diretora Zeni de Fátima Assis, que continua: "é uma prática que contribui para reduzir a violência e a indisciplina. Esses alunos que participam dos programas de rádio na escola viram referência para os outros amiguinhos". Desenvolver habilidades de leitura e escrita é uma prática que acaba permeando todo o processo, assim como desenvolver o raciocínio rápido e o jogo-de-cintura para encontrar soluções - para imprevistos, entrevistados que não conhecemos, entre tantas outras ações do jornalismo que esses alunos também vivenciam.
Além disso, fazer a cobertura não deixa de ser uma inclusão... imagine um grupo de crianças ter a oportunidade de fazer perguntas para um VJ da MTV a especialistas em tecnologia que às vezes nem os jornalistas têm acesso. Quem quiser saber mais o que esses jovens estão aprontando no campus party pode acompanhar a cobertura mirim no Blogando Nas Ondas do Rádio. E quem quiser conhecê-los, pode visitá-los no estande da Prefeitura de São Paulo, logo na entrada da Bienal.
E o que isso tem a ver com meio ambiente? Usando as palavras de Malu Barciotte, especialista no assunto e autora do blog Viva Bem no Mundo que Você Tem: para melhorar esse mundo, é preciso dar a chance de fazer escolhas - piores, ou melhores. E essa garotada, tendo acesso ao que não teriam normalmente, estão tendo boas chances... o direito a informação, não só na escola, mas fora dela, aprendendo de um jeito diferente: é assim que a educação ambiental vai deixar de ser uma linda teoria e virar uma prática, de verdade.
Leia mais sobre o Campus Party nos blogs Planeta Sustentável, Ecodesenvolvimento e Rastro de Carbono.
O evento termina dia 16 de fevereiro (domingo) e ainda tem programação gratuita com videos, exposições e estandes de tecnologia. Quem não se inscreveu, infelizmente, não tem acesso a oficinas e conferências. Leia mais sobre a programação no site oficial do Campus Party
São cerca de 100 alunos de escolas públicas de São Paulo, com idade entre 10 e 14 anos, que participam do programa Nas Ondas do Rádio, um projeto da Prefeitura Municipal de São Paulo onde as crianças aprendem a utilizar o rádio (ou seja, um meio de comunicação) para dinamizar o que eles aprendem na sala de aula. Vieram para exercer uma das tarefas mais difíceis de um jornalista: fazer a cobertura do evento tão grande como esse, com milhares de coisas acontecendo ao mesmo tempo.
Difícil, mas uma delícia na opinião da garotada. Mesmo com imprevistos, como um gravador emperrado na hora de uma entrevista com um repórter da TV Cultura. "Adorei ver os robôs, e entrevistei um grupo de pessoas que ganharam um campeonato de robótica", diz Letícia Alves Costa, 10 anos, aluna do quinto ano da EMEF José Lins do Rego, em São Mateus (Zona Leste de São Paulo). Como a feira é repleta de games e computadores modernos, as crianças aproveitaram também para se aproximar desse universo tecnológico - que nem sempre eles têm acesso. Parte dessa galerinha aparece aí na foto, junto com a diretora da escola.
Porque é bacana pra eles cobrir um evento, do ponto de vista educacional? Só sair dos limites da escola e viver a vida lá fora já é um grande motivo... mas vamos listar outros: "eles estão aprendendo a se relacionar, conhecendo gente de todos os tipos e perdendo a vergonha", diz a diretora Zeni de Fátima Assis, que continua: "é uma prática que contribui para reduzir a violência e a indisciplina. Esses alunos que participam dos programas de rádio na escola viram referência para os outros amiguinhos". Desenvolver habilidades de leitura e escrita é uma prática que acaba permeando todo o processo, assim como desenvolver o raciocínio rápido e o jogo-de-cintura para encontrar soluções - para imprevistos, entrevistados que não conhecemos, entre tantas outras ações do jornalismo que esses alunos também vivenciam.
Além disso, fazer a cobertura não deixa de ser uma inclusão... imagine um grupo de crianças ter a oportunidade de fazer perguntas para um VJ da MTV a especialistas em tecnologia que às vezes nem os jornalistas têm acesso. Quem quiser saber mais o que esses jovens estão aprontando no campus party pode acompanhar a cobertura mirim no Blogando Nas Ondas do Rádio. E quem quiser conhecê-los, pode visitá-los no estande da Prefeitura de São Paulo, logo na entrada da Bienal.
E o que isso tem a ver com meio ambiente? Usando as palavras de Malu Barciotte, especialista no assunto e autora do blog Viva Bem no Mundo que Você Tem: para melhorar esse mundo, é preciso dar a chance de fazer escolhas - piores, ou melhores. E essa garotada, tendo acesso ao que não teriam normalmente, estão tendo boas chances... o direito a informação, não só na escola, mas fora dela, aprendendo de um jeito diferente: é assim que a educação ambiental vai deixar de ser uma linda teoria e virar uma prática, de verdade.
Leia mais sobre o Campus Party nos blogs Planeta Sustentável, Ecodesenvolvimento e Rastro de Carbono.
O evento termina dia 16 de fevereiro (domingo) e ainda tem programação gratuita com videos, exposições e estandes de tecnologia. Quem não se inscreveu, infelizmente, não tem acesso a oficinas e conferências. Leia mais sobre a programação no site oficial do Campus Party
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