Pular para o conteúdo principal

Escola Sustentável em livro

No dia 06 de outubro (sábado), às 10h, a pedagoga e escritora Lucia Legan promove o lançamento de seu livro A Escola Sustentável - Eco-alfabetizando Pelo Meio Ambiente (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, R$ 30). Será no Centro de Educação Ambiental do Parque Vila-Lobos, em São Paulo, mantido pela ong Cinco Elementos (http://www.5elementos.org.br/).

Susan é uma das fundadoras do Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Ipec - http://www.ecocentro.org/), e enxerga a educação de uma maneira realmente holística, que vai além da visão tecnicista e utilitarista que toma conta de alguns educadores ambientais. Reproduzo, abaixo, entrevista que fiz com a autora na cobertura de um congresso de EA para a revista Nova Escola:

Sustentabilidade é uma palavra que está sendo muito difundida nos noticiários sobre meio ambiente. E sobre “escola sustentável”, você já ouviu falar? Na definição da pedagoga australiana Lucia Legan, trata-se da escola com um ambiente que se auto-sustenta, que inclui não apenas a postura dos professores em relação à natureza e à ética social, mas que também leva em conta aspectos de sua infra-estrutura. Para Lucia, água potável à disposição dos alunos, banheiros limpos e com sistema de esgoto adequado, jardins bem cuidados e outras medidas contribuem para que as crianças aprendam, desde pequenas, a observar o ambiente que as cerca – e a respeitá-lo.

Lucia lançou a segunda edição de seu livro A Escola Sustentável: Eco-Alfabetizando Pelo Ambiente durante o III Encontro Estadual de Educação Ambiental. Além de textos que informam de maneira didática sobre temas sócio-ambientais (como ecossistemas, energia e alimentos geneticamente modificados), a publicação oferece sugestões de atividades para fazer ao ar livre e que despertam na garotada o desejo de experimentar, observar e refletir – três verbos que a autora considera importantes na Educação Ambiental (EA).
Pedagoga com mestrado em Meio Ambiente e Ciências em seu país natal, Lúcia chegou ao Brasil há sete anos. Em Pirenópolis (GO), criou o Ecocentro Ipec (Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado). Criado na Austrália, o termo permacultura refere-se a práticas que visam à busca de um ambiente sustentável, sem desperdício de energia, alimentos e espaços, integrando o ser humano aos ciclos da natureza. Por isso, o Ipec é muito procurado por interessados em construções dentro desse conceito, especialmente arquitetos.
Esse referencial também serviu para Lúcia escrever o livro e trazer a filosofia e a prática da sustentabilidade a escolas públicas como a EE Isaltina Cajubi, em Araçuaí (MG). Durante três dias, Lúcia e uma equipe visitam a instituição de ensino e conversam não só com os professores, mas também com os alunos, para saber que melhorias a escola pode fazer. Alunos também participam das mudanças, ajudando a construir parte dessa nova estrutura.

Parece muito difícil implantar mudanças em sua escola? Lúcia avisa: você pode começar até com um minhocário. “A partir de uma caixinha onde as minhocas trabalham a terra, as crianças poderão observar um ciclo da natureza e produzir suas próprias reflexões”, explica a pedagoga. “O importante é que os alunos sejam incluídos nas atividades, seja um minhocário ou a construção de um jardim com árvores frutíferas. Isso tudo depois pode ser incorporado em trabalhos na sala de aula”, completa.
Essa entrevista foi feita durante o lançamento do livro no III Congresso Estadual de Educação Ambiental, que rolou em São José do Rio Preto no final de junho deste ano. Quem quiser saber sobre o que rolou nesse evento pode acessar o arquivo http://revistaescola.abril.com.br/online/cobertura/cobertura_244321.shtml).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

  Esta semana em Brasília ocorre a vigésima edição do ATL - Acampamento Terra Livre, organizado pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).  É a maior mobilização indígena do país e tem uma semana de muitas atividades, incluindo marchas, sessão solene no Congresso Nacional e apresentações culturais. Em 2023 foram seis mil indígenas de 180 etnias participando. Este ano, com certeza, haverá muito mais. Reinauguro este espaço de comunicação que não escrevo há tempos para prestigiar a ATL, vou acompanhar ao vivo no dia 23 de março, diretamente de Brasília, onde estou morando, em parceria com o site Vocativo.com , do premiado jornalista Fred Santana, de Manaus.  Vou acompanhar um trechinho da marcha que eles fazem até o congresso e assistir as duas sessões. Me acompanhem lá pelo Vocativo.com! 

Quadrinhos, um jeito divertido de ensinar meio ambiente

A tirinha acima faz parte do projeto Edu HQ , mantido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, e mantém um acervo com centenas de quadrinhos e pequenas animações, muitas delas feitas por crianças. No item meio ambiente há 173 tirinhas como essa. Trabalhar com quadrinhos na sala de aula e no dia-a-dia é uma viagem... pois a partir da brincadeira é possível levantar vários pontos: refletir sobre o recurso de linguagem, o humor, a ironia, pesquisar o que o autor quis dizer, o que há por trás da história. Já para quem é "gente grande", quadrinhos são sempre um respiro no dia-a-dia... e também ajudam a pensar!

Encontro de educomunicação no VII Fórum de EA

Será um encontro e tanto: conseguimos juntar Ismar de Oliveira Soares (do NCE-USP ), Grácia Lopes Lima (do Instituto Gens/Cala-Boca Já Morreu ), Silvio Marchini (Escola da Amazônia), Renata Maranhão (Ministério do Meio Ambiente) e Lara Moutinho (do programa Nas Ondas do Ambiente, do Rio de Janeiro). Essa turma vai participar, entre 28 e 29 de março, do encontro paralelo de educomunicação do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental , evento que ocorre de 28 a 31 de março no Centro de Convenções, em Salvador. Cada um desses vai falar um pouco sobre um aspecto da educomunicação e vamos fazer a ponte com a educação ambiental. Esperamos que quem abra o evento sejam os grupos de comunicação comunitária do Extremo Sul da Bahia, o Tanara , de Prado, e o Timoneiro , de Caravelas (a confirmar). A idéia é: no primeiro dia de manhã, trazer um panorama a partir dos palestrantes, sobre a educomunicação no Brasil; na tarde do dia 28, abrir o microfone para inscrição de experiências de ed...