Participe! Envie a sua história pessoal, contando “como me envolvi de corpo, mente e alma pela causa socioambiental” para o e-mail educomverde@yahoo.com.br, com nome completo, mini-currículo, blogs e sites (se houverem), telefone e cidade. Se quiser, mande também uma foto sua, e idade. Publicarei todos que chegarem e, na Semana do Meio Ambiente, sortearei um kit de sacola de compras ecológica, de tecido, e sabonetes feitos de elementos vegetais.
Como me envolvi de corpo, mente e alma pela causa socioambiental
Saímos do Rio de Janeiro, em 1972 e vim morar no Pará para a colonização da Rodovia Transamazônica. Chegando aqui, fiquei encantada com tanta água e floresta e principalmente o rio Xingu, pois já o conhecia através do meu professor na 4ª série que falava da beleza deste rio, e chegando aqui fiquei a olhar e me emocionei, o motivo eu não sabia, mas hoje sou uma das defensoras contra a barragem que querem fazer.
Então passei a ser professora do projeto de colonização, e embaixo de um tapirí (barraco aberto coberto de palha), onde dava aula, ficava observando a floresta ser derrubada pelos colonos e falava com meu pai o perigo que seria no futuro, ele na sua ingenuidade me explicava quanto mais derrubava mais a água aumentava. Resultado: os igarapés da Transamazônica secaram e ficou difícil sem água.
E em 1988, viemos morar em Vitória do Xingu, e fiquei entre dois rios, o Tucuruí e o Xingu. E novamente em sala de aula resolvi que as minhas aulas seriam voltadas também para o meio ambiente. Sofri muitas críticas dos meus companheiros ao mostrar aos meus alunos a importância das formigas para a natureza, mas não desisti, continuei o trabalho com os alunos.
Passei a levar para a sala de aula pescadores, pessoas idosas da comunidade para que pudesse falar sobre a sua vida e a experiência de vida e descrever o rio e as vegetações nativas, passei a programar as minhas com passeio ecológico e envolver os alunos e a comunidade e assim nesses passeios observava os rios e igarapés e os alunos faziam pesquisas, músicas e danças e no final de semana fazíamos as apresentações na praça. E nesses passeios o igarapé do Gelo ganhou atenção especial pelos alunos e professores.
E hoje os que foram meus alunos, são professores e parceiros das atividades e trabalham envolvendo seus alunos com atividades ambientais.
Sempre participo dos trabalhos escolares fazemos passeios e a luz ambiental começou a iluminar. Hoje estou em uma ONG, mas continuo em sala de aula fazendo trabalhos com os alunos e levando para praça música, teatro, poesia e capoeira.
Temos um projeto TARTARUGAS VIVAS, trabalhamos a preservação das tartarugas da Amazônia, participam alunos, professores, pescadores e pessoas da comunidade desde a desova até as tiragem dos filhotes e a devolução para o rio Xingu, e a praça continua sendo o nosso palco para mostrar fotografias e dvds produzidos com as atividades dos alunos, e aí a música e a poesia está sempre presente é uma festa ambiental.
E consegui através de minha persistência contagiar e levar muitas pessoas para cuidar do meio em que vivemos, todos os anos dia 5 de Junho a praça novamente recebe os alunos em caminhada para mostrar que precisamos cuidar do planeta em que vivemos.
Comentários
abraços
PS. Desculpa entrar em contato via comentários, mas não consegui localizar seu e-mail no blog.
Marcos Masini
Grande abraço - Rosi Cheque (jornalista e poeta - SP)