Pular para o conteúdo principal

Verdade ou mentira? Uma entrevista sobre desenvolvimento sustentável

Será que a noção de sustentabilidade está fadada a virar como o bambolê, moda nos anos 1980, que acabou caindo no esquecimento? A provocação é do economista José Eli da Veiga, o qual entrevistei para o site Planeta Sustentável. Autor de A Emergência Sócioambiental, lançado este ano pela Editora Senac (belíssimamente resenhado pela jornalista Maura Campani para a Estante do Planeta), esse pesquisador sem papas na língua convida à reflexão: pode mesmo existir esse tal de "desenvolvimento sustentável"?

A leitura do livro é fácil, e boa referência para quem está estudando ou interessado no assunto desenvolvimento, que sempre quebrou a cabeça dos economistas e agora está na pauta de empresas, universidades, ongs e governos. Veiga expõe informações interessantes sobre a noção de desenvolvimento desde a Revolução Industrial, e ajuda a fazer o leitor refletir sobre como mudar o panorama de "crise ambiental" que encontramos atualmente.

Na entrevista ele também provoca à reflexão. Questionado sobre se um indivíduo que muda suas atitudes pessoais pode realmente mudar o mundo, ele respondeu: "Grande parte das questões que precisam ser resolvidas infelizmente não depende somente de atitudes individuais. Até as próprias atitudes individuais são conectadas ao coletivo, como a reciclagem: você pode reciclar seu lixo mas, se não existir um sistema de coleta que funcione, é um esforço que pode ser feito em vão. Se não existirem ações coordenadas do Estado, evidentemente apoiadas na conscientização das pessoas, as atitudes individuais não têm tanto efeito. Por isso é que precisamos agir como cidadãos, cobrar da prefeitura um sistema adequada de coleta de lixo".

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

  Esta semana em Brasília ocorre a vigésima edição do ATL - Acampamento Terra Livre, organizado pela APIB (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).  É a maior mobilização indígena do país e tem uma semana de muitas atividades, incluindo marchas, sessão solene no Congresso Nacional e apresentações culturais. Em 2023 foram seis mil indígenas de 180 etnias participando. Este ano, com certeza, haverá muito mais. Reinauguro este espaço de comunicação que não escrevo há tempos para prestigiar a ATL, vou acompanhar ao vivo no dia 23 de março, diretamente de Brasília, onde estou morando, em parceria com o site Vocativo.com , do premiado jornalista Fred Santana, de Manaus.  Vou acompanhar um trechinho da marcha que eles fazem até o congresso e assistir as duas sessões. Me acompanhem lá pelo Vocativo.com! 

Quadrinhos, um jeito divertido de ensinar meio ambiente

A tirinha acima faz parte do projeto Edu HQ , mantido pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, e mantém um acervo com centenas de quadrinhos e pequenas animações, muitas delas feitas por crianças. No item meio ambiente há 173 tirinhas como essa. Trabalhar com quadrinhos na sala de aula e no dia-a-dia é uma viagem... pois a partir da brincadeira é possível levantar vários pontos: refletir sobre o recurso de linguagem, o humor, a ironia, pesquisar o que o autor quis dizer, o que há por trás da história. Já para quem é "gente grande", quadrinhos são sempre um respiro no dia-a-dia... e também ajudam a pensar!

Parábola da escola animal

Texto inteligente do filósofo Osho, publicado no blog Palavras de Osho . É para se pensar... "Um amigo me enviou esta linda história. Eu gostaria que você a conhecesse; ela pode ajudar. A história se intitula "A Escola Animal". Um dia os animais se reuniram na floresta e decidiram criar uma escola.Havia um coelho, um pássaro, um esquilo, um peixe e uma enguia, e eles formaram uma Diretoria. O coelho insistiu na inclusão da corrida no currículo. O pássaro insistiu na inclusão do voo no currículo. O peixe insistiu na inclusão da natação no currículo. E o esquilo disse que a subida perpendicular em árvores era absolutamente necessária ao currículo. Eles juntaram todas essas coisas e escreveram um roteiro do currículo. Então insistiram em que todos os animais aprendessem todas as matérias. O coelho, embora tirasse um "A" em corrida, teve uma enorme dificuldade em subida perpendicular em árvores. Ele sempre caía de costas. Logo ele teve um tipo de d...