Confesso que nutro a mínima simpatia por Arnaldo Jabor, apesar de escutá-lo diariamente na rádio CBN, meu vício de jornalista. Mas devo confessar também que ele acertou em um dos meus "calos" no quesito imprensa e meio ambiente.
Nesse áudio que já foi ao ar há algum tempo, ele recorda, abismado, o que muitos jornais divulgam por aí: que comer carne induz ao aumento do aquecimento global... não sou cientista e já bati boca com muitos colegas por aí sobre esse tema, e do qual já falei muito nesse blog.
Mitos e verdades a partir, as quais não vou discutir aqui, vale refletir sobre as palavras do cronista: será que tudo que anda saindo sobre o assunto vale a pena ser digerido?
Nesse caso, será que deixar de comer carne vai contribuir para diminuir o efeito estufa? Eu tenho lá minhas dúvidas... já conversei com cientistas que discordam disso. Não há verdades absolutas na ciência e muito menos nas questões ambientais da atualidade.
Mas há, sim, uma grande constatação: é preciso parar para pensar no consumo. De carne, de remédios, de roupas, de carros, até mesmo de cultura. É o tal consumo consciente, que a ong Akatu tanto martela, e com razão. É isso que vai mudar o mundo. E não tão somente os puns das vacas e dois bois, como diria Jabor.
Essa visão dos dois lados da moeda não tem a ver só com boas práticas do jornalismo. Tem a ver, também, com as práticas positivas da educação ambiental. Está lá no Tratado de EA: " a educação ambiental deve ter como base o pensamento crítico e inovador".
Em tempo: aviso aos vegetarianos que devem estar horrorizados com o meu texto (como a Gabis, do Verdedentro) que estou tentando não comer mais carne vermelha. Ainda não consigo plenamente - parei no frango, no peixe e nos ovos - mas vacas e porquinhos não constam mais do meu cardápio há duas semanas.
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