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Comunicação 2.0: conversa e prática

Em um universo onde as redes sociais virtuais ganham cada vez mais espaço - o que nem sempre é sinônimo de diálogo e compartilhamento reais - a comunicação precisa ser pensada de maneira diferente nas organizações e coletivos que trabalham, principalmente, a mobilização social. Esse foi o mote do evento Comunicação 2.0: conversa e prática, realizado no dia 1 de março de 2018 no Impact Hub, em Manaus (AM), sede atual da Educom Verde Comunicação e Educação Ambiental. Porque 2.0? Uma brincadeira com referência a uma "versão" atualizada do que precisa ser a comunicação nas relações de hoje. Mais do que se preocupar com ferramentas, é preciso refletir sobre como nos comunicamos com os públicos que precisamos, sejam eles alunos de um professor, ou beneficiários do projeto de uma organização. A oficina abordou o campo da Educomunicação como proposta metodológica para o aprendizado por meio das relações de comunicação, seja como ferramenta, seja como processo. É pensar se
Postagens recentes

Campus Party, o mundo mudou (e eu também) em 10 anos!

De 30 de janeiro a 4 de fevereiro ocorre em São Paulo a Campus Party, considerado um dos maiores eventos relacionados a tecnologia do planeta. Estive na primeira versão, em 2008, como a foto acima revela. Tanto eu quanto essa garotada das escolas públicas de Sampa (de um programa de educomunicação da Prefeitura Municipal, que mantinha equipes de Imprensa Jovem em coberturas) acompanhamos esse grande evento admirados em ouvir temas como "software livre" Num dos maiores eventos de tecnologia que está acontecendo em São Paulo, o  Campus Party , muita gente discute termos como "software livre", "moodle" e outras coisas que provavelmente você não faz a menor idéia do que sejam. Mas uma garotada chama a atenção, por não estarem ligados nas centenas de computadores conectados a internet de alta velocidade... São cerca de 100 alunos de escolas públicas de São Paulo, com idade entre 10 e 14 anos, que participam do programa  Nas Ondas do Rádio , um projeto da

Radioativismo ao vivo, pela internet, revivendo Fordlândia (PA)

Às margens do rio Tapajós, um lugar esquecido pelo tempo nos confins amazônicos, ganhou vida este final de semana de 16 e 17 de setembro de 2017. A inciativa Transmissão Fordlândia , em Aveiro, Pará, está trazendo 36 horas de transmissão de rádio ao vivo, com participação da comunidade na construção da programação e locução, foram organizados por uma rede solidária de radiofusão, da qual participa o Idade Mídia   (que desenvolve ações de educomunicação e radioativismo a partir de Belém, no Pará) e o coletivo internacional Rádio Espaço Estação . Fordlândia é um ícone da história amazônica, espécie de símbolo sobre as dificuldades do desenvolvimento capitalista em meio a floresta. O empresário Henry Ford investiu nessa região, na década de 1920, adquirindo 15 mil quilômetros de terras em um ponto do Tapajós, que está a aproximadamente 330 km de Santarém (PA), por terra, com acesso mais fácil em 12 horas de barco. Ford não queria apenas um latifundio. Ele criou uma verdadeir

Educação Ambiental e Comunicação em UCs: tema de dissertação

No dia 21 de agosto de 2015, finalmente apresentei minha dissertação de mestrado "Comunicação e Mobilização na Gestão Participativa de Unidades de Conservação: o Caso da APA da Serra da Mantiqueira", junto ao Laboratório de Jornalismo Avançado da Universidade Estadual de Campinas (Labjor-Unicamp). Tendo o professor Ismar Soares, do Núcleo de Comunicação e Educação da Universidade de São Paulo (NCE-USP) em minha banca, fiquei bastante feliz com suas palavras indicando que "a Educomunicação passa a contar, a partir desta pesquisa, com um importante suporte bibliográfico para entender a área da gestão comunicativa". A pesquisa foi orientada pela professora Maria das Graças Conde Caldas, jornalista das antigas que também se debruça sobre a relação entre os campos da Educação e da Comunicação. Inquieta com minhas práticas profissionais de Educomunicação, onde muitas vezes vi essa área resumir-se a metodologias e ferramentas midiáticas de suporte para cursos de Edu

Experimentando a natureza de olhos fechados

Pode uma pessoa sentir o que é estar na floresta sem sair da zona urbana? E o que isso tem a ver com chocolate? Esses foram os desafios de uma trilha sensitiva que a Educom Verde e a bióloga Lakshmi Vallim tiveram em julho, dentro da programação de recreação infantil do Salão Internacional do Chocolate , realizado em julho de 2012 no Centro de Convenções de Salvador (BA). A ideia inicial era a de fazer uma trilha onde as crianças entrariam de olhos fechados, sentindo com o olfato, o toque e a audição, um pouquinho do que seria estar na floresta - nos inspirando, livremente, na proposta da Trilha da Vida organizada dentro do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental . Decidimos criar uma trilha onde as crianças sentiriam as etapas de elaboração do chocolate, desde a mata onde ficam os cacaueiros até a produção, passando por fases como a "pisada" nas sementes de cacau, que se fazia antigamente nas grandes fazendas da região de Ilhéus - onde atualmente se produz cacau no B

Encontro de educomunicação no VII Fórum de EA

Será um encontro e tanto: conseguimos juntar Ismar de Oliveira Soares (do NCE-USP ), Grácia Lopes Lima (do Instituto Gens/Cala-Boca Já Morreu ), Silvio Marchini (Escola da Amazônia), Renata Maranhão (Ministério do Meio Ambiente) e Lara Moutinho (do programa Nas Ondas do Ambiente, do Rio de Janeiro). Essa turma vai participar, entre 28 e 29 de março, do encontro paralelo de educomunicação do VII Fórum Brasileiro de Educação Ambiental , evento que ocorre de 28 a 31 de março no Centro de Convenções, em Salvador. Cada um desses vai falar um pouco sobre um aspecto da educomunicação e vamos fazer a ponte com a educação ambiental. Esperamos que quem abra o evento sejam os grupos de comunicação comunitária do Extremo Sul da Bahia, o Tanara , de Prado, e o Timoneiro , de Caravelas (a confirmar). A idéia é: no primeiro dia de manhã, trazer um panorama a partir dos palestrantes, sobre a educomunicação no Brasil; na tarde do dia 28, abrir o microfone para inscrição de experiências de ed

Crianças participam de livro sobre a cultura caiçara

"Nunca vi um livro assim, que fala das crianças que nem criança", diz a paulista Giovana Menezes Veronez, a menina da foto, do alto de seus 10 anos de idade. O livro que chamou sua atenção - e que ela leu em cinco dias - é o Manual da Criança Caiçara , de Marie Ange Bordas (Editora Peirópolis, R$ 34). Não é qualquer livro: produzido pela jornalista, em parceria com a Associação de Jovens da Juréia, no litoral Sul de São Paulo, trata-se de um projeto colaborativo. Foi escrito a partir do olhar das próprias crianças de comunidades caiçaras, que vivem na região costeira do estado paulista. Falta de material didático sobre a cultura caiçara foi o ponto de partida para o projeto. O texto é da autora, que teceu um mosaico sobre brincadeiras, causos, comidas, artesnato tudo o que compõe o jeito de viver de quem está na Juréia, em um texto fácil de ler. Mais de 10 crianças colaboraram, com desenhos, papos e fotografias.Marie Ange criou diversas fotocolagens para ilustrar as