O desenho acima foi produzido por 250 estudantes da Escola Estadual Celso Abbade Mourão, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo. Quem organizou a produção foi o professor Ivan Scotelari, que não é de Artes, ou de Informática: ele é professor de Ciências e aprendeu a trabalhar com o computador, em grande parte, sozinho.
Comentários de Ivan sobre a utilização de desenhos animados na sala de aula: “o projeto surgiu como uma iniciativa de unir o gosto pela atividade de desenho que tanto agrada aos alunos, com conceitos de minha disciplina, que é ciências”. “A princípio percebi que os alunos estavam um pouco relutantes em participar do projeto, principalmente pela idéia de terem suas vozes gravadas. Eles sabiam que em eu mostraria os trabalhos de uma classe para outra e estavam receosos das piadas e chacotas quanto as suas vozes e a qualidade de seus desenhos”.
Ivan incorporou, na prática, um dos conceitos da educomunicação, que é o deixar seus educandos produzirem seus próprios conteúdos de animação, sem se importar com o resultado final – mais importante é o processo de produção, que necessariamente envolve troca de conhecimento tando do lado do professor, quanto de seus alunos.
“Iniciei a produção de uma animação em que eu faria todas as etapas. Elaborei a história, criei o roteiro, fiz desenhos, os pintei e gravei minha voz, alterando-a para caracterizar os personagens e a narração. Ficou horrível. Meu alunos, quando viram, riram muito e chegavam até a gargalhar. Eu humildemente admiti que não tinha o talento deles e disse que eu precisaria da sua ajuda para produzir uma história que fosse legal para exibirmos para os alunos da nossa escola. Com isso, a desconfiança inicial foi superada e a primeira fase do projeto tomou forma”, lembra o professor.
A elaboração dos passos em cada fase do projeto permitiu a abordagem e discussão de vários assuntos relacionados com a proteção ambiental, diz Ivan. “O envolvimento dos alunos foi grande e a curiosidade em conhecer o produto final de suas classes e das outras, agiu como um fator a mais de motivação”, conclui.
O Instituto de Educação e Pesquisa Ambiental 5 Elementos , de São Paulo, "especializou-se" na publicação de materiais paradidáticos que podem ser utilizados na educação ambiental, tanto na escola quanto fora dela. São materiais feitos por e para educadores, diferente do que acontece com algumas editoras brasileiras - que nem sempre contratam pessoas com real vivência nessa área. Seu lançamento mais recente é o Atlas Socioambiental - Um Retrato da Bacia Hidrográfica dos Rios Sorocaba e Médio Tietê . Tive a oportunidade de participar da produção, editando textos dessa ferramenta que une mapas e uma leitura dos mesmos para entender a gestão e a conservação dos recursos hídricos. A publicação está disponível para download no site da 5 Elementos, junto a outros materiais produzidos pelo Instituto que, inclusive, estão com tiragem esgotada. É o caso do manual Lixo e Reciclagem , que traz temas como a história da relação do homem com seus resíduos, a classificação, coleta, transpor
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