
Sabe aqueles dias (e não são de TPM) acha que tudo é difícil, que nenhum projeto seu educação, ambiental ou não, vai dar certo - e aí chega uma injeção de esperança quando você vê gente trabalhando pra vida melhorar?
É essa a sensação que tive hoje ao conhecer o Projeto Roedores de Livros, um jeito diferente de apelidar os "ratos de biblioteca" que adoram. Trata-se de uma turma de sete "ratinhos", que desenvolvem um trabalho voluntário de incentivo a leitura em Ceilândia, no entorno carente e problemático de Brasília (DF). Aos sábados, eles promovem rodas de leitura, contando histórias para cerca de 30 crianças da região, entre sete e nove anos. A idéia é contaminar essa garotada, transformando-os em novos roedores que vão encarar a leitura como um "arrego" pro dia-a-dia difícil, uma chance de escolha - e não uma obrigação, como muitos professores, intelectuais e pseudos tentam declarar.
Está funcionando. As crianças, segundo o pessoal do projeto, estão tomando gosto pela coisa. Além de escutar as historinhas da boca dos voluntários, elas podem levar livros do acervo (tudo doação) pra casa, numa sacola de pano. Aprendem a cuidar de um objeto tão precioso como o livro. E o que é melhor, sem usar as difamadas sacolinhas de plástico!
Educadores ambientais, professores, entrem no blog dessa turma e aprendam a lição. Saiam da teoria do mestrado e do doutorado, que são importantes mas, avancem! Os roedores avançaram e estão embutindo o prazer de ler na garotada. Vamos ter idéias, então, para embutir em nossas crianças o prazer de defender a natureza - a que parece estar fora de nós, mas precisa de uma vez por todas ser incorporada em nosso cotidiano.
Comentários
só passando por aqui para lhe desejar parabéns pelo blog, informativo e gostoso de ler! Estudo EA (pós latu sensu) pelo SENAC e fiquei cheia de boas idéias.
Obrigada, votos de sucesso, :-)
Claudia Leschonski
P.S: Adorei o termo "roedores de livros"!!