Com alguns dias de atraso compartilho com vocês esse flagrante de uma viagem que fiz pela região de Parintins, beira do rio Amazonas (AM). Em pleno Dia do Índio, as crianças da Escola Estadual Ryota Oyama tiveram a oportunidade de assistir a uma apresentação indígena de verdade, com membros de uma família saterê-mawé - 517 deles vivem na cidade. Uma coisa me chamou a atenção: primeiro, a escola passou alguns meses trabalhando o tema do índio, quem são eles, o que representam para a comunidade, que problemas enfrentam. Assim, a apresentação teve um sentido maior; não foi apenas o de ver o exótico, mas o de desenvolver o olhar de respeito para um povo que parece tão diferente, mas na verdade compõe o meio tão rico da Amazônia.
Não vou falar em racismo, mas em preconceito. Índios sofrem tanto quanto os negros em algumas de nossas paragens. Mesmo nessa escola de Parintins, onde a maioria dos alunos é de mestiços, muitos deles perguntavam aos saterés "se eles eram índios mesmo". As crianças se deslubraram com índios "gente como a gente".
Aproveito para fazer uma associação entre esse flagrante em Parintins e a educação ambiental: desenvolver o olhar respeitoso para um povo ou uma área de preservação é o primeiro passo para mudar a cabeça dos educandos. Melhor ainda se eles tiverem a oportunidade de manter um contato próximo com a realidade, não vendo índios ou lugares de natureza apenas pelas fotografias, mas ao vivo.
Às escolas que não têm oportunidade de conhecer lugares e pessoas, vale o esforço do professor em abrir corações e mentes de seus alunos para que eles enxerguem muito mais além do conhecem, ou imaginam conhecer. Expandir os limites é o primeiro passo para o respeito a natureza e ao ser humano, quebrando paradigmas e preconceitos. Mesmo que esse conhecimento só seja possível através da leitura, da mídia e também do imaginário.
Não vou falar em racismo, mas em preconceito. Índios sofrem tanto quanto os negros em algumas de nossas paragens. Mesmo nessa escola de Parintins, onde a maioria dos alunos é de mestiços, muitos deles perguntavam aos saterés "se eles eram índios mesmo". As crianças se deslubraram com índios "gente como a gente".
Aproveito para fazer uma associação entre esse flagrante em Parintins e a educação ambiental: desenvolver o olhar respeitoso para um povo ou uma área de preservação é o primeiro passo para mudar a cabeça dos educandos. Melhor ainda se eles tiverem a oportunidade de manter um contato próximo com a realidade, não vendo índios ou lugares de natureza apenas pelas fotografias, mas ao vivo.
Às escolas que não têm oportunidade de conhecer lugares e pessoas, vale o esforço do professor em abrir corações e mentes de seus alunos para que eles enxerguem muito mais além do conhecem, ou imaginam conhecer. Expandir os limites é o primeiro passo para o respeito a natureza e ao ser humano, quebrando paradigmas e preconceitos. Mesmo que esse conhecimento só seja possível através da leitura, da mídia e também do imaginário.
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